Transtorno do Espectro Autista: diagnóstico precoce é fundamental
- Paula Fernanda Delai
- 23 de jun. de 2023
- 2 min de leitura
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados
Os sinais de autismo podem ser observados antes mesmo da criança completar dois anos. Dessa forma, é fundamental que pais e cuidadores conheçam quais são os primeiros sintomas do TEA para detectá-los precocemente e haver uma intervenção comportamental. Isso pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

Sinais de alerta para TEA
Seis meses: poucas expressões faciais, baixo contato ocular, ausência de sorriso social e pouco engajamento sociocomunicativo;
Nove meses: não faz parte de turno participativo, não balbucia, não olha quando chamado, não olha pra onde o adulto aponta, imitação pouca ou ausente;
12 meses: ausência de balbucios, não apresenta gestos convencionais como abanar para dar tchau, não fala mamãe ou papai, ausência de atenção compartilhada;
Em qualquer idade: perdeu habilidades....
Aqueles pacientes que apresentarem algum sinal citado anteriormente, poderão ser avaliados pela escala M-CHAT (The Modified Checklist for Autism in Toddlers) na Atenção Primária. A escala M-CHAT auxilia na identificação de pacientes com idade entre 16 e 30 meses com possível TEA. Trata-se de um questionário de rápida aplicação que deve ser respondido pelos pais ou cuidadores durante a consulta.
O planejamento educacional, adequação do acompanhamento na Unidade conforme necessidades do paciente (p. ex. agendar consultas de puericultura no primeiro ou último horário, evitando assim tempo prolongado em salas de espera) e encaminhamentos a serviços especializados. Medidas como maior interação entre pais-criança, orientação quanto a sons e ruídos no lar, contato afetivo, condições do sono, tempo de exposição a instrumentos tecnológicos, terapia com animais, brincadeiras na natureza, alimentação, jogos recreativos para estímulo de habilidades, suplementos nutricionais ( uso de Ômega 3) e atividades ao ar livre devem ser avaliados. Considerar outros diagnósticos diferenciais.
Evidencia-se -se que a conduta adequada com estimulação precoce deve ser preconizado em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica. Devemos propor estratégias que possam ser efetivas, aproveitar janela de oportunidade buscando melhor prognóstico e qualidade de vida dos nossos paciente, seus familiares e cuidadores!


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